"Quando
fizeres algum voto ao SENHOR teu Deus, não tardarás em cumpri-lo; porque o
SENHOR teu Deus certamente o requererá de ti, e em ti haverá pecado." (Deuteronômio
23 : 21).
INTRODUÇÃO
Após
Abraão haver dado um dizimo de tudo o que trouxe dos despojos de uma batalha a
Melquisedeque, tempos depois a bíblia menciona seu neto, Jacó prometendo dar ao
Senhor um dizimo de tudo o quanto Deus o abençoasse (Gênesis
28 : 22). Ambos os fatos aconteceram antes de o dizimo ser estabelecido
como mandamento ao povo de Israel, ou seja, antes de o dízimo se tornar lei.
Por haver Jacó existido antes da proclamação da lei, não são poucos os mestres
defensores dessa doutrina que se valem do voto de Jacó como um exemplo de que o
dízimo deva ser praticado nos dias atuais. O que eles não sabem é explicar
quando, como e pra quem Jacó deu o dízimo prometido.
Teria
Jacó cumprido com sua promessa entregando o dizimo ao Senhor? Se o entregou,
porque o autor sacro não registrou relevante ato como fez com Abrão? Uma das
grandes dificuldades em entender o dizimo de Jacó se dá pelo entendimento que
se adquiriu que o dizimo deveria ser dado a um sacerdote, como Abrão entregou
ao sacerdote Melquisedeque e no tempo de Jacó não houve sacerdotes. O
que muitos não sabem é que o dízimo já era praticado pelas nações pagãs antes
de Abrão, onde, além dos sacerdotes, os reis também recebiam dízimos. Até
na lei os reis recebiam dízimos (1Samuel
8 : 15 – 17 ; Mateus 17 : 25).
Mas Jacó entregou
sim o dizimo que prometeu e tal feito foi registrado nas escrituras sagradas e
está lá pra todo mundo ver, pois Deus não guarda segredo para com os seus
servos e nem é Deus de confusão (Amós 3 : 7 ; 1Corintios
14 : 33). É o que veremos nesse estudo.
COMO
ENTENDER A DOUTRINA DO DÍZIMO?
Seria o
dízimo um tema polêmico? Muitos “ministros” ensinam que o povo tem de dar o
dizimo, pelo fato de o mesmo ser um mandamento, tendo como base o capítulo três
de Malaquias. Porém, quando são questionados sobre a legalidade do dízimo ou
mesmo sobre sua finalidade, conforme rezam outros textos da bíblia, os mesmos
se esquivam das respostas e até mesmo afirmam ser o dízimo um tema polêmico. Já
ouvi de vários ensinadores que a doutrina do dizimo é para ser obedecida e não
questionada. Isto porque, segundo eles, o dizimo é um tema de difícil
compreensão, que requer muita teologia, porque envolve algo que mexe com muita
gente, ou melhor, com o bolso que é o dinheiro. Mas é justamente aí que reside
o erro e que traz toda a confusão, pois dízimo nunca foi dinheiro! E,
apesar de o dinheiro existir desde Abrão (Gênesis 17 : 12), Deus não aceitava
recebê-lo como dízimo (Deuteronômio
14 : 22 – 29).
Para o
estudioso das escrituras chegar a um entendimento exato da doutrina do dízimo
se faz necessário separá-lo de tudo o que envolve finanças, despesas, lucros ou
custos, pois Deus não o estabeleceu com essa finalidade. Foi a religião criada
pelos homens - no caso a religião romana - quem converteu o dizimo para moeda
corrente, indo contra a determinação de Deus que por Sua vontade e justiça o
estabeleceu como mantimento (Malaquias 3 : 10).
Somente aceitando essa verdade é que poderemos entender a teologia do dízimo e
saber como Jacó cumpriu o seu voto e pra quem ele deu o seu dízimo.
QUEM FOI
JACÓ?
Jacó
significa: “suplantador, enganador, usurpador”. Ele foi irmão gêmeo de Esaú,
filho de Isaque e Rebeca. Apesar de Jacó e Esaú serem gêmeos, Esaú nasceu
primeiro, e, de acordo com o costume daqueles povos, este deveria herdar a
bênção patriarcal. Mas as escrituras dizem que Esaú era devasso e profano (Hebreus
12 : 16). Ele não valorizou sua primogenitura e as benções que deveria
receber. Por isso, Jacó se aproveitou dessa fraqueza e enganou seu irmão por
duas vezes. A primeira com um prato de lentilhas, comprando o direito de
primogenitura (Gênesis 25 : 29 – 34). A segunda, quando com
sutileza se disfarçou se fazendo passar por seu irmão e recebendo a bênção
patriarcal que por direito era de Esaú (Gênesis 27 : 35).
Mas
quando Esaú descobriu que mais uma vez fora enganado por seu irmão,
enfureceu-se a ponto de querer mata-lo. Aconselhado por sua mãe Rebeca que o
amava mais que Esaú, Jacó foge para Harã, terra de seus parentes. Não sem antes
mais uma vez receber a bênção de seu pai Isaque (Gênesis 28 : 1 – 5). No
caminho de Harã, Jacó chega a Luz (Betel) onde o Senhor lhe aparece.
DEUS
APARECE A JACÓ
“Partiu,
pois, Jacó de Berseba, e foi a Harã” (Gênesis
28 : 10).
Após
caminhar o dia todo e cansado da viagem, Jacó se deita para dormir, tomando uma
das pedras daquele por lugar por travesseiro. Adormecendo, Jacó tem um sonho
onde vê uma escada topando o céu e os anjos subindo e descendo por ela. Em cima
da escada estava Deus. O Senhor se apresenta a Jacó por Deus de Abraão e de
Isaque e lhe faz grandes promessas: “Eu sou o SENHOR Deus de
Abraão teu pai, e o Deus de Isaque; esta terra, em que estás deitado, darei a
ti e à tua descendência”; E a tua descendência será como o pó da terra, e
estender-se-á ao ocidente, e ao oriente, e ao norte, e ao sul, e em ti e na tua
descendência serão benditas todas as famílias da terra” (Gênesis
28 : 13 , 14).
Mas as promessas
de Deus não foram somente essas. Em seguida, o Senhor se compromete a proteger
e a guardar Jacó, não somente durante a jornada, mas onde ele estivesse sem
nada cobrar em troca. Vejamos o que Deus prometeu a Jacó.
a) - Deus estaria com Jacó: “E eis que estou contigo”;
b) - Deus guardaria Jacó por onde ele fosse: “e te
guardarei por onde quer que fores”;
c) - Deus faria Jacó voltar a sua terra no tempo
determinado: “e te farei tornar a esta terra”;
d) - Deus em momento algum desampararia ou abandonaria a Jacó,
pois Sua Palavra é fiel: “porque não te deixarei, até que haja cumprido
o que te tenho falado”.
Atente o
leitor que o Senhor ao aparecer a Jacó dá-lhe a garantia de estar com ele; de
guardá-lo por onde andasse; de fazê-lo retornar a sua terra e de não
abandoná-lo até cumprisse tudo o que lhe havia prometido. Ressalto que o Senhor
não exigiu nada de Jacó em troca para que Ele pudesse cumprir Sua promessa. Que
Deus maravilhoso esse.
Diante de
imensurável promessa, o que deveria Jacó fazer? Apenas ter fé, confiar e
descansar no Senhor. Mas não foi o que Jacó fez. Ao acordar Jacó reconheceu que
Deus estava alí e temeu. Em seguida tomou a pedra que tinha feito por
travesseiro, erigiu como coluna e derramou azeite sobre ela, chamando aquele
lugar que antes era Luz de Betel.
O VOTO
INSENSATO DE JACÓ
“E Jacó fez
um voto, dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me
der pão para comer, e vestes para vestir; E eu em paz tornar à casa de
meu pai, o SENHOR me será por Deus; E esta pedra que tenho posto por coluna
será casa de Deus; e de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo” (Gênesis
28 : 20 – 22).
Demonstrando
total falta de fé e confiança nas promessas de Deus, Jacó faz um voto. Neste
voto, Jacó negocia as promessas que Deus anteriormente já lhe havia feito. Veja
o voto de Jacó, comparando com a promessa de Deus:
a) - Se Deus fosse com Jacó: “Se Deus for comigo”;
b) - Se Deus guardasse Jacó: “e me guardar nesta viagem
que faço”;
c) - Se Deus o provesse de mantimentos e vestuários: “e me
der pão para comer, e vestes para vestir”;
d) - e Se Deus o trouxesse em paz à sua terra: “E eu em
paz tornar à casa de meu pai”.
Está bem
claro aqui que neste voto Jacó duvidou da promessa de Deus. Mas não ficou só
nisso. Agora, entra a parte onde Jacó tenta barganhar com Deus. Após assegurar
que Deus cumpra o que antes já havia lhe prometido, Jacó então promete ao
senhor três coisas:
1 - “O SENHOR
me será por Deus”. Fica claro aqui que Jacó não conhecia a Deus como o conheceram
Isaque, seu pai e seu avô Abraão. Fica também claro que Jacó não tinha ao
Senhor por seu Deus. Isto só veio acontecer mais tarde depois de outras
experiências que Jacó teve com o Senhor.
2 - “E esta
pedra que tenho posto por coluna será casa de Deus”;
3 - “e de TUDO
quanto me deres, certamente te darei o dízimo”.
Igualmente
a Jacó, muitos crentes, movidos por interesse materiais e desejo de serem
abençoados e prósperos financeiramente, vivem a barganhar com Deus realizando
inumeráveis campanhas. Quando precisam de uma bênção específica promovem
campanhas e mais campanhas de orações para alcançarem seus objetivos. Mas quando
conseguem seu intento, voltam a normalidade esquecendo que com campanhas ou sem
campanhas, Deus nunca os abandona. A nossa campanha de oração deve ser contínua
e sem trégua: "Orai sem cessar." (1Tessalonicenses
5 : 17).
JACÓ EM
HARÃ
Jacó
chega a Harã na casa de seu tio Labão e se apaixona por sua prima Raquel. Por
amor a ela se compromete a trabalhar sete anos para o seu tio. Findando o
contrato, Jacó é engando por seu tio e recebe a Lia por esposa em lugar de
Raquel (Gênesis 29 : 18). Ao ver que foi enganado,
Jacó reclama com seu tio e uma semana depois de haver casado com Lia, Jacó
recebe a Raquel também por esposa. Labão propõe Jacó trabalhar mais sete anos
para ele (Gênesis 29 : 27).
O que
Jacó fez com seu irmão e seu pai, colheu vivendo com seu tio que o enganou
inúmeras vezes. Ele vivenciou a lei da semeadura (Gálatas 6 : 7).
Por causa
de Jacó, Labão teve seu rebanho aumentado grandissimamente. Após Raquel, sua
amada dar a luz a José, Jacó então propõe voltar a sua terra, trazendo consigo
sua família e alí poder trabalhar e ter aquilo que é seu (Gênesis
30 : 25 , 26). Mas Labão não quer abrir mão da companhia de Jacó, pois
entendeu que a prosperidade de sua casa se deu por conta da bênção de Deus por
amor de Jacó (Gênesis 30 : 27). Para tentar segurá-lo,
Labão propõe estabelecer um salário para Jacó, pois até então ele havia trabalhado
sem receber nada de Labão, a não ser suas filhas como esposas. Jacó recusa a
oferta de Labão e propõe voltar a apascentar o rebanho de seu sogro, mas desta
vez, separando os salpicados e malhados, e todos os morenos entre os cordeiros.
Estes seriam o salário de Jacó (Gênesis 30 : 28 – 32). Mas
Labão, usando de esperteza separou antecipadamente do rebanho os salpicados e
malhados, e todos os morenos entre os cordeiros. (Gênesis
30 : 35). Mas Deus tinha um compromisso com Jacó de não o abandoná-lo e, em
meio a tantas turbulências, fê-lo prosperar grandemente. E assim Jacó cresceu
em grande maneira, e teve muitos rebanhos, e servas, e servos, e camelos e
jumentos (Gênesis 30 : 43).
JACÓ
VOLTA A SUA TERRA E ENTREGA SEU DÍZIMO
“E disse o
SENHOR a Jacó: Torna-te à terra dos teus pais, e à tua parentela, e eu serei
contigo” (Gênesis 31 : 3).
Por vinte
anos Jacó serviu a Labão, catorze pelas filhas e seis pelo rebanho de onde ele
tirou o seu pagamento. Agora, com muitas riquezas Jacó pega tudo o que
conquistou com a bênção de Deus e empreende viagem de volta a Berseba (Gênesis
31 : 18). No caminho várias coisas aconteceram como: a) A ida de Labão para trazer de volta suas filhas, o rebanho e
resgatar seus ídolos que Raquel levou (Gênesis 31 : 43); b) o encontro de Jacó com os anjo de
Deus em Maanaim (Gênesis 32 : 1 , 2) e c) A luta com o anjo do Senhor na vale
de Jaboque (Gênesis 32 : 24 – 32).
Porém,
antes de lutar com o anjo de Deus, Jacó sabe que precisa passar pelo território
de Seir (Edom) que era governado pelo seu irmão Esaú. Jacó então envia
mensageiros a Esaú e com eles bois e jumentos, ovelhas, e servos e servas. Isto
para achar graças aos olhos de Esaú (Gênesis 32 : 4 , 5). Após
realizarem a missão, os mensageiros de Jacó retornam com a notícia de que seu
irmão Esaú vem a encontrá-lo, acompanhado de quatrocentos soldados (Gênesis
32 : 6). Um pavor toma conta de Jacó que temeu muito e ficou angustiado.
Então, ele resolve dividir seu rebanho e seus criados em dois bandos. Se acaso
Esaú atacasse um, o outro escaparia (Gênesis 32 : 7 , 8).
Após
dividir o rebanho e o povo em dois bandos, Jacó então clama a Deus com
humilhação e alma angustiada. Na sua oração, Jacó se lembra das promessas que
Deus lhe havia feito vinte anos atrás quando lhe apareceu em Betel (Gênesis
32 : 9 – 12). Jacó passou a noite alí na presença de Deus e então tomou um
presente para aplacar a ira de Esaú quando se encontrasse com ele. Certamente
Deus o orientou a fazer assim, afinal, Jacó clamou a Deus por uma solução, pois "Perto está o
SENHOR dos que têm o coração quebrantado, e salva os contritos de
espírito."
(Salmos
34 : 18).
JACÓ
SEPARA SEU DÍZIMO
Se o
leitor puder entender, Jacó separou alí o seu dízimo. É bem certo que será
difícil para muitos compreenderem que Jacó deu o seu dízimo para seu irmão Esaú
por ainda associarem dízimo a dinheiro, conforme a religião ensinou por
tradição. Mas, nas linhas que seguirão, mostrarei as evidências bíblicas de que
Jacó cumpriu o seu voto de dar o dizimo de tudo, quando presenteou o seu irmão
Esaú.
Observe o
leitor o que foi que Jacó separou de seu rebanho: “E passou ali
aquela noite; e tomou do que lhe veio à sua mão, um presente para seu irmão
Esaú: Duzentas cabras e vinte bodes; duzentas ovelhas e vinte carneiros; Trinta
camelas de leite com suas crias, quarenta vacas e dez novilhos; vinte jumentas
e dez jumentinhos” (Gênesis 32 ; 13 – 15).
A frase “do que
lhe veio à sua mão”, diz respeito
a TUDO o que Deus havia lhe dado, quando o abençoou. Se
considerarmos que Jacó separou a décima parte de TUDO o que tinha, podemos
calcular que a riqueza de Jacó era assim: Duas mil cabras, duzentos bodes, duas mil
ovelhas, duzentos carneiros, trezentas camelas, quatrocentas vacas, cem
novilhos, duzentas jumentas e cem jumentinhos. Afora os servos e servas
e o que ele já havia mandado anteriormente pelos mensageiros (Gênesis 32 : 4 , 5). Jacó separou cada
rebanho a parte e os enviou separadamente com o fim de aplacar a ira de seu
irmão.
JACÓ
ENTREGA SEU DIZIMO
Após
isso, Jacó pegou tudo o que tinha com suas mulheres e filhos e fê-los passar o
vau de Jaboque e o ribeiro. Mas Jacó ficou pra trás e alí, teve um maravilhoso
encontro com Deus, quando lutou com o anjo de Deus e teve seu nome mudado para
Israel (Gênesis 32 : 24 – 28). Pela manhã, Jacó levanta
os olhos e vê Esaú vindo com seus quatrocentos homens. Jacó separa os filhos
com suas mães e se põe a frente deles e se inclina sete vezes em terra até
chegar a Esaú (Gênesis 33 : 1 – 3). Ao chegar perto a seu
irmão, Jacó tem uma bela surpresa, pois Esaú corre a seu encontro e o abraça e
o beija e ambos choram juntos. Ao se levantar Esaú vê as mulheres e os meninos
e pergunta quem são? Jacó responde que são os filhos que graciosamente Deus lhe
deu. Em seguida, Esaú questiona sobre o rebanho que lhe foi enviado. Jacó
responde que foi para que pudesse achar graças a seus olhos. Mas Esaú pede para
Jacó ficar com o rebanho, pois ele já tinha o bastante (Gênesis
33 : 5 – 9).
Agora,
atente para a resposta de Jacó a Esaú em relação aquele presente que ele havia
enviado.
Gênesis 33 : 10 , 11:
“10
Então disse Jacó: Não, se agora tenho achado graça em teus olhos, peço-te que
tomes o meu presente da minha mão; porquanto tenho visto o teu rosto, como se
tivesse visto o rosto de Deus, e tomaste contentamento em mim.
11
Toma, peço-te, a minha bênção, que te
foi trazida; porque Deus graciosamente ma tem dado; e porque tenho de tudo. E
instou com ele, até que a tomou”.
Agora, voltemos
vinte anos atrás, ou seja, ao capítulo 28 de Gênesis onde Jacó fez o voto e
vejamos como as coisas se encaixam:
a) - A
quem Jacó havia prometido dar o dizimo de tudo?
R. A Deus! ”... e de tudo quanto me deres, certamente te
darei o dízimo” (Gênesis 28 : 22b).
b) - O que
foi que Jacó viu na face de Esaú a ponto de insistir que ele o recebesse?
R. O rosto de Deus! ”... porquanto tenho
visto o teu rosto, como se tivesse visto o rosto de Deus, e tomaste
contentamento em mim” (Gênesis 33 : 10b). Afinal, o dizimo era de
Deus.
c) - Mas
Jacó já havia visto o rosto de Deus anteriormente?
R. Sim! E por duas vezes; a primeira vez em sonhos em Betel, quando
o viu no topo da escada e a segunda pessoalmente quando lutou com o anjo no vau
de Jaboque a quem deu o nome de Peniel: “E chamou Jacó o nome daquele
lugar Peniel, porque dizia: Tenho visto a Deus face a face, e a minha alma
foi salva” (Gênesis 32 : 30).
c) - Jacó
prometeu dar o dízimo de que mesmo?
R. De TUDO o quanto Deus lhe desse! E ele o deu. “Toma,
peço-te, a minha bênção, que te foi trazida; porque Deus graciosamente ma
tem dado; e porque tenho de TUDO” (Gênesis
33 : 11).
CONCLUSÃO
Abraão e
Jacó deram um dízimo antes da lei. Foram dízimos únicos e específicos,
diferentes daquele que Deus instituiu na lei para Israel dá-los a tribo de
Levi (Números 18 : 21 – 28). Mas como
vimos, Jacó cumpriu seu voto que fez a Deus. Ele deu o dízimo de TUDO o que
prometeu a Esaú, seu irmão, pois viu nele a face do próprio Deus. Pela sua
fraqueza de homem, Jacó chegou a se esquecer do voto, mas Deus o ajudou a
fazê-lo chegando até a lembrá-lo em certos momentos (Gênesis
31 : 13). Deus é dono de TUDO e não exige só 10% do que nos dá, mas
quando repartimos o que Ele nos dá com nosso irmão estamos agradando-o e
fazendo a sua vontade, qual será recompensada no grande dia (Mateus 25 : 31 – 46).
Quando
lemos a bíblia estudando com contrição e procurando conhecer os seus mistérios,
o seu autor que é o Espírito Santo se encarrega de nos revelar as suas verdades
que Ele mesmo as ocultou dos sábios e entendidos (Mateus 11 : 25). A nós como igreja foi
concedido este privilégio: "Aos quais Deus quis fazer conhecer quais
são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós,
esperança da glória;" (Colossenses 1 : 27).
Concluo
afirmando que a doutrina do dizimo não é polêmica. São os homens que criam as
confusões doutrinárias por não aceitarem o que a bíblia ensina, principalmente
quando determinados temas são manipulados e modificados para benefício pessoal.
Mas Deus trará isso a juízo (Apocalipse
22 : 18 , 19).
Em
Cristo,
Reginaldo
Barbosa
Santa
Bárbara do Pará.