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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Cinco erros no processo contra Jesus

Por Pedro Sales Monteiro
Todos sabemos que Jesus foi equivocadamente condenado á cruz. O Filho de Deus   é santo, nunca pecou. Ele só aceitou  essa sentença para cumprir a vontade do Pai e salvar a humanidade  dos seus pecados. Porém, há algo que destaca  ainda mais o amor de Nosso Senhor por nós. É o fato de que também o julgamento do Mestre foi feito de forma equivocada. Além de injustiça (injusta sentença), o desenvolvimento do julgamento  foi iníquo, tanto se analisando  conforme os padrões legais de hoje, com o da própria época (Mt 26:27; Mc 14:15; Lc 22:23 e Jo 18:19). Porém, Jesus não questionou e se submeteu a tudo por amor de nós.

Erros sobre erros

O primeiro erro do processo foi a sua realização noturna. Jesus  foi interrogado a noite por Anás e Caifás, quando na realidade deveria sê-lo durante o dia, para que fosse obedecido o preceito da ampla defesa e publicidade processual. Para parecer legal, o sinédrio esperou amanhecer o dia, quando "legalizaram" uma decisão  ilícita tomada à noite e levaram Jesus a Pilatos (Mt 27:1,2).

O segundo erro  foi o das testemunhas. Testemunhas falsas depuseram  contra Cristo. A acusação baseou-se predominantemente nesta frase proferida por Jesus: "destrui este templo e Eu o reedificarei em três dias". Jesus, entretanto, referia-se ao próprio corpo e não ao templo de Salomão. As testemunhas torceram as palavras de Jesus (Mt 26:60,61 e Jo 2:18,19).

O terceiro erro foi fazer com que o réu voltasse imediatamente a julgamento depois de haver sido  absolvido. Jesus foi absolvido por Pilatos (Lc 23:4), mas acabou voltando a julgamento horas depois, até a condenação final.

O quarto erro foi o sinédrio ser suspeito. Membros do sinédrio pagaram trinta ciclos de prata a Judas Iscariotes para que entregasse o réu (Mt 26:14-16).

O quinto erro foi o equívoco na duração do processo. O processo de Jesus durou menos de um dia. Ele foi iniciado  e encerrado em tempo recorde. O Filho de Deus foi acusado, julgado, absolvido, julgado de novo, condenado e executado em não mais de que doze horas. Preso pela meia-noite, foi crucificado ao meio-dia, morrendo às três horas da tarde.

Não há amor igual

O julgamento foi irregular e inteiramente viciado  para levar Jesus à condenação. Foi um dos mais injustos da história. Os judeus são culpados pela condenação de Jesus moralmente e os romanos juridicamente, já que o sinédrio tinha jurisdição para julgar, mas não condenar à morte. Sua competência para tanto fora perdida durante a dominação romana. Só a autoridade romana podia impor a pena capital. Neste caso, somente Pilatos poderia  absolver ou condenar Jesus.
Apesar de seu julgamento ter sido feito de forma irregular, o Mestre não reclamou, mas deliberadamente permaneceu em silêncio para cumprir  a profecia bíblica. "Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca."  (Isaías 53:7).
Ele se permitiu sofrer esse processo injusto por amor de nós. Não há amor igual.
                                             

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